Para a Flormel, o futuro pertence ao protagonismo feminino

Alexandra Casoni . Foto divulgação Alexandra Casoni . Foto divulgação

A Flormel, referência na produção de doces sem adição de açúcares, continua investindo no protagonismo feminino. O negócio tem à frente Alexandra Casoni Comparini. A CEO e Nutricionista é um exemplo de self-made woman que, além de comandar a empresa de alimentos saudáveis fundada por seus pais em Franca no interior de São Paulo, é mãe e também sócia investidora da Semealle - Health Tech. 

“Ter representação feminina expressiva é muito importante, porque a mulher continua precisando provar que é capaz de conciliar sua vida pessoal para ingressar em um terreno dominado exclusivamente pela figura masculina”, explica Alexandra Casoni.

Por ali, temas como maternidade, carreira e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional fazem parte do debate diário, mas a CEO comenta que busca abraçar e incorporar tanto mulheres quanto homens em sua equipe. “Não fazemos distinção de gênero, mas levamos em conta que o mercado oferece muito mais oportunidades para os homens. Se você for mãe de uma criança pequena, existem poucas possibilidades de retornar, por isso, na medida do possível, sempre buscamos integrar essa parcela ao nosso time”. Alexandra está posicionada no maior nível hierárquico, entretanto, existem outras sete líderes mulheres, sendo três executivas mães que trazem essa força feminina em forma de garra, resiliência, talento e sensibilidade, fazendo toda a diferença no mundo dos negócios. 

Antes da pandemia, nos casos de licença maternidade, a Flormel disponibilizava o benefício estendido por mais 2 meses, além dos 120 dias normais para que essas mães tivessem a oportunidade de acompanhar mais de perto o desenvolvimento dos seus filhos. O incentivo foi pensando para que o retorno ao trabalho fosse mais tranquilo, já que o bebê necessita de tempo para estar adaptado à família e iniciado a introdução alimentar. Para os homens a licença paternidade também era estendida por mais 15 dias, além dos cinco dias praticados pelo mercado. Mas devido ao cenário pandêmico atual, o projeto foi pausado e segue sendo analisado para retomada. “O nosso time é preparado para acolher as demandas das nossas dos nossos colaboradores. Seguimos acompanhando e dando suporte necessário para que a volta ao trabalho seja saudável tanto para a criança quanto para a mulher e sua família”, explica Alessandra Casoni. 

Além da forte presença feminina, a sensibilidade e a diversidade também podem ser observadas no quadro de funcionários. Em sua estratégia de gestão estão inseridos os profissionais que continuam em idade ativa, mas que passam por dificuldades para retornar ao mercado de trabalho. “Não temos uma idade limite para contratação. “A nossa equipe de colaboradores é bastante diversificada. Não consigo olhar para uma pessoa com mais de 45 anos e dizer que ela não serve por isso e aquilo. Quero continuar observando a combinação de gêneros e idades, e saber que todos estão em processo de aprendizagem e dispostos a mudarem”, conta a executiva. 

Para além dos desafios de gestão, há outros que podem surgir no meio do caminho. Por exemplo, a decisão de manter a equipe em home office durante a pandemia de coronavírus no país gerou a ideia de um novo formato de trabalho. O setor de recursos humanos estuda a implantação da continuidade deste modelo remoto alguns dias durante a semana para quebrar a rotina e, consequentemente, garantir melhor qualidade de vida aos funcionários que estão produzindo mais e melhor em casa.   

A executiva acredita na gestão participativa e no olhar estratégico e empático que é desenvolvido, com foco na nova economia. “O que valorizo é a competência individual, cada colaborador possui um conjunto de dom, vocação, talentos e habilidades. Cabe ao líder ter o olhar apreciativo, agindo com sabedoria e sensibilidade para montar um grande time em sua diversidade complementar” pontua a CEO.

Além de todas as iniciativas, a Flormel também possibilita que os colaboradores sejam ouvidos por meio de fóruns, além de resolver os conflitos por meio de escuta, diálogo e acolhimento, já que a política e a prática de punições como advertências e suspensões são praticamente deixadas de lado. 

“Claro, que há muitas outras pautas para serem olhadas e incluídas, só que estimular o aprendizado, fazer arranjos dentro da própria equipe, incentivar a empatia com o outro e, principalmente, compartilhar parte dos lucros com todos é só um pouco do que a Flormel acredita que pode fazer diferença no mundo dos negócios. “Precisamos dar o bom exemplo, sempre”, finaliza Alexandra Casoni. 

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Michelle Marie