O atual babalorixá do terreiro Casa de Oxumarê, Babá Pecê, na cerimônia de Canonização de Irmã Dulce

O atual babalorixá do terreiro Casa de Oxumarê, Babá Pecê,  na cerimônia de Canonização de Irmã Dulce

O atual babalorixá do terreiro Casa de Oxumarê, Babá Pecê, representará o povo de matriz africana na cerimônia de Canonização de Irmã Dulce – a Bem Aventurada Dulce dos Pobres –, que acontece no dia 13 de outubro, no Vaticano, em Roma. O sacerdote acredita que fazer parte desse momento histórico é uma forma de mostrar o respeito com outras religiões. “A capital baiana possui uma grande cultura de diálogo entre as duas religiões – a de matriz africana e o catolicismo – e ela, por ser intitulada uma santa baiana e ter feito tanto aos mais necessitados merece a veneração de todos nós, independente do credo”, conta o líder religioso.

O babalorixá tem um carinho especial pela beata, que marcada por sua generosidade te estendeu a mão quando passava por momentos difíceis nos anos 90. “Foi um dia inesquecível, o dia que ela me socorreu e em ocasião alguma questionou a minha religião, invadiu minha liberdade, tentou impor seus valores ou criticou concepções diferentes das que acreditava. Ela apenas me ajudou, e, ajudou muito”, desabafa Babá Pecê. E foi a partir daquele instante que o sacerdote aprendeu que a união dos povos e a solidariedade entre os humanos é o maior exemplo que os deuses podem oferecer.

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Michelle Marie