Governo propõe usar recursos de precatórios e Fundeb para financiar novo programa social

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Em um quadro fiscal desafiador diante dos gastos emergenciais para mitigar os efeitos da pandemia, a equipe econômica do governo parece ter chegado a um modelo ideal, ou pelo menos inicial, para manter um programa de auxílio financeiro às camadas mais pobres da população, sem comprometer ainda mais as contas públicas. 

Para financiar o “Renda Cidadã”, nome de batismo do novo programa social do governo Bolsonaro, a saída encontrada pela trupe de Paulo Guedes foi restringir o montante pago pela União em precatórios, processos judiciais em que o Estado foi condenado ao pagamento de indenizações. 

Além disso, pela proposta anunciada na tarde desta segunda-feira (28), o governo deve direcionar parte dos recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) para complementar o novo programa social.

Apesar de ser um caminho considerado mais viável politicamente, a medida é contestada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pode gerar questionamentos jurídicos.

Os investidores, por sua vez, não esconderam o descontentamento com o anúncio “tímido” do governo, com o Ibovespa registrando forte queda, já que também era esperado algum consenso para a entrega da segunda parte da reforma tributária. O ministro Paulo Guedes, contudo, sinalizou que a decisão sobre bancar a desoneração da folha de pagamentos ainda não foi tomada.

Para saber mais sobre os planos do governo para o programa Renda Cidadã, confira esta matéria do InfoMoney.

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Michelle Marie