Ferramentas que permitem a continuidade da literatura.

Veja o que diz o pernambucano escritor romancista Sergio sobre a literatura em tempo de crise

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Tempos difíceis para a literatura? Certamente! Mas existem saídas possíveis e que podem ajudar muito que as histórias continuem chegando ao leitor. Veja o que diz o escritor  pernambucano Sergio no texto abaixo!
 

Hoje, o livro impresso não concorre apenas com o formato online. Segundo AT Sergio, escritor romancista com vasta carreira na literatura de terror, outros formatos, como filmes, games e redes sociais, podem ser, sim, muito favoráveis ao público e aos próprios escritores, quanto mais forem fiéis à história em si.

Não adianta negarmos. Se o livro impresso já estava perdendo espaço para o formato online, hoje ele também concorre com todas as outras mídias que permitem “contar histórias”. Para o escritor romancista pernambucano, AT Sergio, que tem predileção pelo mundo geek, da ficção e do terror, essa concorrência não é um problema e pode ampliar o trabalho dos autores, contanto que ainda funcionem para contar as histórias.

“O importante é a história, o roteiro, as personagens. Perder qualidade, por conta da formatação, é um grande crime, mas usar as novas mídias como meios de chegar ao leitor pode ser uma estratégia benéfica, ainda mais em tempos de crise e pandemia”, explica ele. Para AT, os públicos mais segmentados acabam sendo mais fiéis e até exigentes.

Ele enfatiza: “quem gosta de terror não vai querer ver a tensão diminuir, independentemente da mídia que for utilizada”. AT lembra: “\o medo é algo que motiva. Sentir medo, se assustar, dá força para enfrentar situações cotidianas. É ambíguo, sim, mas funciona. Para mim é assim: eu gosto de pensar no terror como ficção pura, mesmo que eu me assuste com algumas cenas ou me sinta angustiado com outras. A ficção é uma fuga da realidade crua e ver algo "terrível" na tela ou ler algo nesse sentido, acaba nos mostrando que algo pior do que o que estamos vivendo já foi pensado/imaginado e produzido”.

Para ele, essa sensação, para quem é aficionado por ficção e/ou terror, vai precisar estar presente, sempre. “Sair das grandes livrarias, ter uma carreira autoral independente e estar mais perto do consumidor parece ser o novo caminho para a literatura. Esse é, inclusive, o meu foco. Sou independente. Mas sou reticente a respeito dessa transformação nos formatos, embora não seja contra. Com o cuidado certo, a mesma história pode ser contada em vários formatos como audiolivros, vídeos, series, filmes, sem grandes transformações no teor principal”, revela.

Para AT, “desde que a história original seja respeitada, usar outros formatos para divulgar é totalmente viável e permite, inclusive, a continuidade de literatura, mesmo em momentos de crise, como o que estamos vivendo”. O autor tem dois títulos recentes, que estão disponíveis na Amazon, em formato digital: o intrigante Eles, obra que mistura física relativista, dobra no tempo e terror em terras tupiniquins feito especialmente para o público infanto-juvenil, e a coletânea As 13: Histórias Diversas, que traz dois contos inéditos do autor.

Sobre o autor

A.T. Sergio é um escritor pernambucano, romancista, organizador e participante de antologias nos gêneros terror, suspense, mistério e policial, publicado por diversas editoras nacionais e através da plataforma independente da Amazon. Autor Hardcover, plataforma de aperfeiçoamento da escrita desenvolvida pela Vivendo de Inventar, depois de publicar contos em mais de 25 antologias, estreia em romances com essa publicação, “Eles”, após ter sido finalista no prêmio SweekStars, edição 2018. Redator da revista eletrônica “A Arte do Terror”, é também colunista do portal literário “Literanima”, onde publica textos periódicos sobre criatividade e forma de escrita.

 

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Michelle Marie