Uma das promessas da nova geração de atores brasileiros, Vitor Julian de 23 anos vem se firmando no teatro e cinema com talento promissor, por conta de seus trabalhos como ator e dramaturgo ao lado de nomes importantes da dramaturgia brasileira como Eric Lenate, Rodrigo Santoro, Christian Malheiros e Alexandre Moratto, para citar alguns.
Em 2020 o ator que vem galgando seu espaço nos palcos do teatro, deu seus primeiros passos no cinema, à convite de Alexandre Moratto, que o dirigiu no filme "7 Prisioneiros", no qual atua como um dos protagonistas dando vida ao personagem Ezequiel. O longa metragem é uma produção original Netflix em parceria com a O2 Filmes de Fernando Meirelles e com Ramin Bahrani, produtor indicado ao Oscar com o filme O Tigre Branco.
No filme, Vitor interpreta Ezequiel, um jovem do interior de São Paulo que acredita estar indo para a capital para ter um emprego justo, mas acaba preso em um ferro-velho onde trabalha em condições análogas à escravidão. Ao lado de outros rapazes, ele precisa sobreviver àquela situação e aos desmandos de Luca, interpretado por Rodrigo Santoro, que comanda o local, e tentar encontrar uma maneira de sair dali. O filme aborda a escravidão contemporânea, a exploração de trabalhadores imigrantes, a opressão e a corrupção sistêmicas.
Sobre a sua experiência em relação ao filme, Vitor conta que: "Começamos os ensaios e preparações em janeiro de 2020 e terminamos as gravações em Março de 2021. Uma semana depois da última diária, era decretada a suspensão de atividades não essenciais e começava, para a maioria de nós, a pandemia de coronavírus no Brasil. Trabalhar com o Alex, que foi um diretor muito sensível e inteligente na sua condução, e com esse elenco maravilhoso, com atores e atrizes fantásticos, foi um prazer imenso. Eu, o Christian Malheiros, o Bruno Rocha e o Lucas Oranmian, desde os primeiros momentos de preparação, nos entendemos como grupo, como uma célula da história que entra em conflito, à princípio juntos, com a situação em que esses meninos se encontram, e com o Seu Luca, personagem do Rodrigo, que sempre foi um grande parceiro de cena e que também trabalhou muito bem essa relação com o grupo e com cada um de nós.
Rolou um entrosamento muito bom. Eu lembro muito dos ensaios, e de como a hora voava quando a gente estava resolvendo alguma cena, improvisando alguma situação, conversando sobre a história que estava sendo contada. Nas gravações, então, foi aproveitar o encontro disso com os outros elementos de cena - aquele ferro velho incrível que foi produzido -, os outros parceiros. O set é trabalhoso, demanda concentração, escuta, atenção total ao que está sendo feito ali, é intenso. E talvez por isso seja tão gostoso, tão satisfatório. Agora tem um caminho que o filme percorre que é passar pelas casas de cada uma das pessoas que vai pegar uma parte do seu tempo, vai abrir a Netflix, escolher 7 Prisioneiros no catálogo, ouvir o Tudum, e entrar com a gente nessa história. Eu espero que ela comova e movimente algumas reflexões", ressalta ele.

