A mais importante festa cívica de Salvador, o 2 de Julho, comemorada na data da Independência do Brasil na Bahia, fica maior este ano. O que era um desfile pelas ruas do centro histórico da capital, cresce e se transforma em um espetáculo variado para celebrar os 190 anos das lutas entre baianos que defenderam o Brasil contra a dominação portuguesa.
“Vamos aproveitar a força popular da festa para resgatar uma cultura típica que ameaça se perder até mesmo no Carnaval”, promete Fernando Guerreiro, diretor de teatro e presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), entidade cultural do município que produz a festa.
Entre os destaques estão a decoração cenográfica nas ruas em um percurso com mais de cinco quilômetros, entre o Largo da Lapinha e a Praça 2 de Julho, conhecida como Campo Grande; apresentação especial da ópera “Dois de Julho, a Ópera da Independência” em praça pública, no Terreiro de Jesus, no Centro Histórico; o lançamento do filme “Os Heróis do Brasil – A Independência na Bahia”, que mostra a estratégia e os heróis das lutas; e até uma galeria a céu aberto com retratos dos personagens que se destacaram nas lutas baianas de 1823, que aconteceu um ano antes da Independência do Brasil.
No entanto, para se transformar num grande espetáculo este ano, a festa do 2 de Julho mantém como base o grande desfile popular de escolas e entidades públicas. É um cortejo que acontece exatamente no dia 2, às 9h30min, conduzindo dois carros alegóricos com as figuras de índios, “o Caboclo” e “A Cabocla”, pelas ruas históricas.

